Oi pessoal, algumas pessoas me pediram receitas saudáveis e fáceis, pensando nisso, a receita de hoje é um omelete de espinafre, que é um prato que fazemos pelo menos uma vez na semana, fácil de fazer e muito nutritivo. Confira o vídeo!
Omelete de espinafre
Ingredientes
2 xícaras de espinafre
100g de queijo mussarela ralada
1/2 cebola picada em cubos
3 ovos
1 pitada de sal
1 fio de óleo
Modo de preparo
1. Pique o espinafre;
2. Quebre os ovos em um prato fundo e bata até misturar bem;
3. Adicione a cebola picada e misture bem;
4. Acrescente o queijo misture bem;
5. Depois acrescente o espinafre.
6. Use uma frigideira com teflon para ficar mais fácil de retirar o omelete, coloque um fio de óleo e espere esquentar um pouco.
7. Acrescente a mistura de uma vez, espalhe bem sobre a panela e tampe.
8. Quando não tiver mais aparencia de mole, vire a omelete e deixe mais um pouco no fogo. Pronto, é só servir.
Você pode substituir a mussarela por um queijo de sua preferência, eu já fiz com queijo parmesão, com ricota e com queijo minas padrão e todas as combinações ficam ótimas.
Confira também o vídeo de sopa de espinafre, que contém um pouco mais sobre os nutrientes do espinafre.
Oi pessoal, a receita de hoje é coxinha, um dos salgadinhos mais consumidos no Brasil.
Quer saber um pouquinho mais sobre a origem e a modo de preparo? Assista o vídeo!
Coxinha da Kelly
Ingredientes
1Kg de peito de frango com osso
1 cebola
3 dentes de alho
1 colher de sopa de páprica
sal e pimenta a gosto
salsinha e cebolinha picada a gosto
3 batatas médias (300g)
150g de manteiga
5 xícaras de farinha de trigo
3 tabletes de caldo de galinha
6 xícaras de água
farinha de rosca
óleo para fritar
Modo de preparo
1. Colocar o peito de frango para cozinhar na água, juntamente com as batatas descascadas e o caldo de frango. Cozinhar até a batata ficar no ponto de espremer (quando espetar o garfo com facilidade). Retirar o frango e as batatas da água.
2. Em uma panela, colocar 6 xícaras de água de cozimento do frango, espremer as batatas e adicionar a manteiga. Ligar o fogo e esperar ferver.
3. Adicionar a farinha de uma vez e mexer bem, até a farinha ser toda incorporada. Desligar o fogo, e mexer bem com uma colher para a massa ficar bem lisinha. Deixar esfriar antes de moldar as coxinhas.
4. Retirar o frango do osso e colocar no liquidificador, usar o modo pulsar para desfiar o frango. Coloque porções pequenas no liquidificador para que bata mais fácil.
5. Em uma panela, refogar a cebola com um fio de óleo e o sal, assim as cebolas soltam água mais fácil. Depois acrescentar o alho, a pimenta, a páprica e por último o frango desfiado, deixar pouco tempo no fogo para que o frango não fique seco. Desligue o fogo, acrescente a salsinha e cebolinha picadas e misture bem.
6. Para ficar mais fácil de rechear, faça bolinhas com o recheio de frango, compactando bem e reserve.
7. Para moldar a coxinha, abra a massa bastante na mão, coloque o recheio no centro, e feche formando um pontinha, retire o excesso de massa e está pronto.
8. Passe na água, depois na farinha de rosca e de novo na água e na farinha de rosca, isso vai fazer com que a casquinha fique mais crocante.
9. Coloque o óleo para esquentar antes de colocar as coxinhas, se ele não estiver quente as coxinhas podem encharcar.
Se você quiser, pode substituir o caldo de frango por caldo de legumes e usar a massa com outros recheios, como bolinha de queijo, bolinho de carne dentre outros. É só usar a imaginação.
As coxinhas podem ser congeladas, mas antes de fritar, retire do congelador e deixe elas voltarem a temperatura ambiente, assim elas não ficam encharcadas de óleo. É recomendável, manter as coxinhas no congelador por até 3 meses.
Bibliografia
1. Roberta Malta Saldanha, Histórias, lendas e curiosidades da gastronomia, editora Senac Rio, Rio de Janeiro, 2011.
A receita de hoje é Pizza de calabresa, um dos sabores mais consumidos no Brasil.
Confira o vídeo com a receita e um pouco da história de origem da pizza e da linguiça calabresa.
Receita de Pizza de calabresa Ingredientes Massa
1kg de farinha de trigo
100g de fermento biológico
1/2 xícara de azeite
400 mL de água
2 colheres de café de sal (10g)
4 colheres de sopa de açúcar (40g)
Essa receita rende 4 pizzas Molho
1 lata de tomate pelado
1 cebola Recheio
Para cada pizza
200 g de mussarela ralada
2 linguiças calabresa cotadas em rodelas
1 cebola cortada em rodelas
orégano à gosto
Preparo da massa
Misture na farinha, o açúcar, o sal, o fermento biológico, o azeite e por último a água, vai acrescentando a água aos poucos e misturando bem, até a massa ficar lisa.
Sove bastante. E deixe descansar por pelo menos 30 minutos.
Abrir a massa com as mãos e depois com o auxílio do rolo.
Preparo do molho
Para o preparo do molho de tomate, basta bater no liquidificador o tomate com a cebola.
Montagem da pizza
Passe o molho sobre a massa, adicione a mussarela, a calabresa, a cebola e coloque um pouco de orégano. Leve no forno a 180ºC por 20 minutos ou até a borda começar a dourar.
A pimenteira-do-reino (Piper nigrum L.) é uma espécie perene, semi-lenhosa e trepadeira originária da Índia. A piperina é o alcalóide principal da pimenta-do-reino, responsável pela sensação picante.
Assista o vídeo e conheça mais sobre a pimenta-do-reino.
A seguir o fluxograma dos tipos de pimenta-do-reino:
Bibliografia
Roberta Malta Saldanha, Histórias, lendas, e curiosidades da Gastronomia, Editora Senac Rio, 2011.
Manual Segurança e Qualidade para a Cultura da Pimenta-do-Reino Brasilia: EMBRAPA/SEDE, 2004. (Qualidade e Segurança dos Alimentos). Projeto PAS Campo. Convênio CNI/SENAI/SEBRAE/EMBRAPA
Ramon G. de Oliveiraa, Edilson B. Alencar–Filhob e Mário L. A. A. Vasconcellos, A INFLUÊNCIA DA PIPERINA NA BIODISPONIBILIDADE DE FÁRMACOS: UMA ABORDAGEM MOLECULAR, Quim. Nova, Vol. 37, No. 1, 69-73, 2014.
Site: http://quimicadosalimentos.blogspot.com.br/p/piperina.html acessado em 02/10/2015.
Site: http://www2.dq.fct.unl.pt/cadeiras/qpn1/proj/Piperina/utilidades%20da%20piperina.htm acessado em 02/10/2015.
Foto pimenteira: http://www.ceplac.gov.br/radar/pimentadoreino.htm acessado em 07/10/2015.
Foto conhaque: https://sobrioselucidos.wordpress.com/author/sobrioselucidos/ acesado em 07/10/2015.
Olá pessoal, estive por algum tempo fora pois mudei de cidade, voltei para São Carlos, interior de São Paulo, a cidade em que passei grande parte da minha vida. Para retomar as postagens, preparei uma receita de Bolo de Chocolate com Calda, muito fofinho e delicioso, veja o vídeo com a receita completa.
Você sabe qual a origem do Bolo?
A origem do bolo está associada ao Egito Antigo, alguns historiadores acreditam que em 700 a.C. já existiam pães adoçados com xaropes de frutas, tâmaras e passas. Há um painel com registros de vários tipos de pães e bolos por volta de 1175 a.C., ilustrando a confeitaria da corte do faraó Ramsés III.
Fotos: Xaropes (Blog de Marcelo Katsuki); Frutas secas e castanhas (Site Freepik).
Os romanos conheciam as técnicas de fermentação, e por isso, desenvolveram várias receitas de bolos com frutas secas e até mesmo queijos. Na Roma antiga era tradição servir bolos em casamentos, em que as famílias mais ricas preparavam a massa com frutas secas, nozes e mel. Este doce não era para ser consumido, era amassado sobre a cabeça da noiva como oferenda aos deuses, para trazer prosperidade, sorte e fertilidade, como hoje fazemos com arroz na saída do casamento. Este costume foi levado por Júlio César para a Bretanha, em 54 a.C., e passou a fazer parte dos hábitos das populações locais.
Na Inglaterra, os bolos decorados surgiram na corte de Elizabeth I, usando pasta de amêndoas moldada em vários formatos.
Foto: Pasta de amêndoas (Site Doces Regionais).
A primeira receita que se tem registro e a que mais se aproxima dos bolos de hoje é uma receita italiana, de bolo de amêndoas, servida em Nápoles, em 1478. A Itália é considerada a percursora na arte dos bolos decorados.
Na França, foi introduzido em 1533, quando Catarina de Médici (1519-1589) casou-se com o rei da França Henrique II (1519-1559). Seu bolo de casamento foi o primeiro a ser confeccionado em andares. Catarina de Médici, se você se lembra, tem um história profunda com a culinária. Foi ela quem levou diversas receitas com espinafre para a França, através de seus cozinheiros. Veja mais informações no meu vídeo de sopa de espinafre.
No Brasil o primeiro bolo desembarcou na tarde de 24 de abril de 1500, dois dias depois da chegada de Pedro Álvares Cabral ter desembarcado em Porto Seguro. Neste dia, ele recebeu uma dupla de índios para uma refeição a bordo onde foi servido peixe cozido, pão e um doce: o fartem de Beira, ou fartes, como é chamado ainda hoje em Portugal. Esse bolo, com recheio de amêndoa ou creme e de elaboração requintada, passou para a história como o primeiro doce saboreado por "nativos do Brasil". O fato foi narrado por Pero Vaz de Caminha, e os índios "gostaram pouco", pois não lhes agradavam ao paladar e jogava fora rapidamente tudo o que levavam à boca. Foto: Blog Oficial Jogos
O chocolate foi uma das riquezas exploradas pelos espanhóis no Novo Mundo. Antes da colonização, os maias cultivavam cacau e extraíam um líquido amargo de suas sementes. Temperavam a bebida chamada de xocoaltl com baunilha e pimenta e a tomavam para combater o cansaço.
Foto: Xocoalt (Site Brasileiras pelo Mundo).
Com a chegada de Colombo, os espanhóis começaram a plantar cacau nas terras americanas e exportar chocolate para a Europa a preços altíssimos. Assim como o bolo, o chocolate só era consumido pela alta sociedade. Somente com a Revolução Industrial o chocolate foi popularizado. Foram criadas máquinas de espremer manteiga de cacau que conseguiram tornar o chocolate mais consistente e durável.
Foto: Cacau (Site Creaba).
No século XVII, enquanto o chocolate era exclusivamente bebido, os confeiteiros ingleses estudavam uma forma diferente de consumi-lo. Em 1674, tiveram a brilhante ideia de adicionar cacau às misturas de bolos e servir a nova fórmula em empórios. Começou aí uma combinação que ao longo do tempo ganhou várias receitas.
Bolo de Chocolate com calda
Ingredientes da
Massa
50 g de manteiga
112 g de farinha de trigo (1 xícara de chá)
1 pitada de sal
1 colher de café de bicarbonato de sódio (3g)
1 colher de café de fermento em pó (3g)
20 g de chocolate em pó (100% cacau) - 1/4 de xícara de chá
125 g de açúcar (3/4 de xícara de chá)
3/4 xícara de leite
2 ovos
1 colher de café de extrato de baunilha
Ingredientes da Calda
4 colheres de chocolate em pó (100% cacau)
4 colheres de leite
4 colheres de açúcar
1 colher rasa de margarina
Modo de preparo
Bolo
1. Separe as gemas das claras e bata clara em neve com 1 pitada de sal e reserve.
2. Em outra vasilha, coloque a manteiga e o açúcar e bata até virar um creme esbranquiçado, eu bati na batedeira, mas você pode bater na mão também.
3. Acrescente ao creme de manteiga as gemas, uma por vez e misture bem, em seguida desligue a batedeira.
4. Acrescente metade da farinha peneirada e um pouco do leite, misture delicadamente com o fue, acrescente o restante da farinha peneirada e mais um pouco de leite.
5. Depois acrescente o chocolate e o restante do leite, misture bem, adicione a baunilha, misture e coloque o fermento e o bicarbonato peneirados.
6. Por último, acrescente as claras em neve mexendo delicadamente para incorporar.
7. Coloque em uma assadeira untada com margarina e farinha.
8. Leve em forno pré-aquecido a 160ºC de 30 a 45 minutos, após 30 minutos de forno, espete um palito de dente para ver se a massa já assou, se ainda estiver mole deixe mais tempo. No meu forno levou 45 mintutos para assar.
9. Assim que tirar o bolo do forno, deixe esfriar um pouco antes de desinformar para ele não quebrar.
10. Quando desinformar faça a calda.
Calda
1. Coloque em uma panela o açúcar, o chocolate, o leite e a margarina e ligue o fogo no baixo até engrossar.
2. Assim que desligar o fogo jogue sobre o bolo para que a calda não endureça.
Pronto! Agora é só comer!
Bibliografia
1) Fátima A. Ferreira de Castro, A história do bolo na alimentação humana, Universidade Federal de Viçosa.
2) Roberta Malta, Histórias, lendas e curiosidades da Gastronomia, Editora Senac Rio, 2009.
Quem nunca ouviu a história de que comer espinafre deixa mais forte? Esta história ganhou importância com o personagem Popeye que fez parte de minha infância sendo o espinafre um dos meus vegetais preferidos. Farei diversas receitas com espinafre (sopa, bolinho, omelete, lasanha, panqueca, dentre outras). Aqui em casa até os gatos comem espinafre. (vídeo da lindinha). Hoje teremos uma receita de sopa, e também um pouco sobre a história do Popeye? Confira o vídeo!
Sopa de Espinafre Ingredientes
500 g de batata
1/2 maço de espinafre
2 linguiças paio (pode ser também calabresa ou portuguesa)
1 cebola
alho
pimenta
noz moscada
e sal à gosto
1 caixinha de creme de leite
Modo de preparo
1. Corte as batatas em cubos e cozinhe em água fervente.
2. Em água fervente coloque as folhas de espinafre aos poucos, até murcharem. Em seguida retire da água.
3. Coloque no liquidificador: as folhas de espinafre cozidas, uma cebola, o alho e um pouco da batata cozida e bata bem.
4. Em uma panela funda, coloque a linguiça paio cortada em cubos e refogue.
5. Acrescente os espinafre batido, o sal, a pimenta e a noz moscada à gosto, o restante das batatas e cozinhe por uns 5 minutos.
6. Acrescente o creme de leite e está pronto.
Há indícios de que o consumo do espinafre tenha surgido na antiga Pérsia (hoje Irã), chegado à China no século 7 como um presente do rei do Nepal e alcançado a Europa no século 11, quando os mouros levaram-no para a Espanha.
Conta a história que o vegetal era o alimento favorito de Catarina de Médici e que, quando ela deixou a Itália para se casar com o rei da França, pediu permissão para levar seus cozinheiros que sabiam preparar bem receitas com espinafres.
Já nos anos 40 do século 20, o espinafre se firmaria junto à comunidade científica como um dos alimentos mais nutritivos que existem. Foi de suas folhas que se deu o isolamento e caracterização do ácido fólico (vitamina B9).
Nutrientes presentes em uma porção de 100 g de espinafre cru:
O espinafre deve ser cozido por pouco tempo e com pouca água (ou preferencialmente no vapor) para manter suas propriedades nutricionais e o sabor. Mantenha-o no fogo somente pelo tempo necessário para murchar um pouco as folhas.
Hoje vou fazer uma receita que me lembra muito a infância. Minha mãe (Norma) fazia muitos pães de queijo em casa. No lanche da tarde era muito comum um cafezinho com pães de queijo quentinhos.
A receita que vou fazer para vocês é a minha adaptação de uma receita da minha mãe com a receita da minha sogra (Maria). Confiram o vídeo com o passo a passo da receita.
Além de ser uma fonte reconhecida de carboidratos, o pão de queijo também é isento de glúten, o que o coloca como fonte alternativa de alimento para alérgicos às proteínas do trigo.
Cada ingrediente da receita tem uma função no sabor e na estrutura do pão de queijo:
O polvilho doce e azedo destacam-se entre os principais produtos derivados da mandioca e largamente usados na fabricação de biscoitos e pães de queijo. A diferença entre o doce e o azedo está relacionada à acidez gerada pela fermentação do polvilho azedo. A fermentação confere ao polvilho azedo maior solubilidade e maior poder de inchamento em relação ao polvilho não-fermentado. Eu prefiro os usar o polvilho azedo, pois o pão de queijo cresce mais e o sabor azedinho é mais intenso, que eu gosto muito. Minha mãe tinha o hábito de usar 50% de polvilho azedo e 50% de polvilho doce, o sabor do pão de queijo fica mais suave com essa mistura.
A principal função do amido em produtos de panificação é absorver água e, deste modo, estabelecer a estrutura do produto.
O leite ajuda o queijo na estruturação e texturização da massa apresentando melhor sabor e maior maciez do miolo, possivelmente por permitir maior retenção de umidade, melhor coloração da casca.
A adição de quantidades crescentes de água à massa torna-a mais macia e pegajosa, enquanto que sua escassez torna-a dura e sem aderência.
A gordura atua como um lubrificante molecular, ajudando a massa a ter maior extensibilidade, contribuindo para a maior elasticidade e melhor textura do miolo.
O ovo tem como propriedades funcionais a coagulação, a capacidade espumante, a capacidade emulsificante e a contribuição nutricional, servindo também como agente corante e de sabor e aroma, originando pães de queijo com melhor estrutura, textura mais leve e aerada, maior volume, cor amarelada natural, fornecimento de proteínas, vitaminas (A, D e E) e minerais. Além da capacidade de reter os gases evaporados no forneamento.
O queijo contribui para o aroma e o sabor típicos dos produtos, complementando a estruturação do miolo do pão de queijo e auxilia na obtenção de melhor textura do produto final, pois contribui para a elasticidade e melhor aspecto da casca, além de conferir maior maciez e uniformidade às células do miolo. Vi na internet várias receitas de pães de queijo com mussarela, eu acho que o queijo contribui muito para o sabor do pão de queijo, eu não uso mussarela na massa, apenas queijo minas. Veja o vídeo sobre a história do queijo e os processos de fabricação:
O sal também contribui para o sabor, sendo usado em proporções de 1% a 2,5% em relação ao peso do polvilho.
Existem variedades similares ao nosso pão de queijo em outros países, na Colômbia, o produto similar é chamado de pandebono possui textura esponjosa, baixa densidade, endurece em pouco tempo e é mais achatado. No Paraguai e nas províncias Argentinas de Misiones e Corrientes tem a variação chamada chipá. A diferença é o formato em "U" e a quantidade de gordura na massa. No Equador tem o pan de yuca, que é muito semelhante ao nosso pão de queijo, na textura, formato e sabor.
Receita de pão de queijo
Ingredientes
1 kg de polvilho azedo
450 g de queijo minas curado
100 g de manteiga
1/4 de xícara de óleo
1 colher rasa de sal
3 batatas médias cozidas e espremidas
Modo de preparo
1. Misture as batatas ainda quente, a manteiga, o óleo e o sal na polvilho e deixe esfriar.
2. Adicione o queijo ralado e um ovo por vez misturando bem a massa para homogeneizar. Vá acrescentando o leite aos poucos. Se o queijo estiver muito úmido você vai precisar de menos leite em torno de 300 mL e se estiver mais seco você vai precisar de mais leite em torno de 400 mL. Na minha receita mostrada no vídeo usei 350 mL de leite. O ponto da massa é quando der para enrolar.
3. Faça as bolinhas.
4. Asse em forno pré-aquecido a 200 ºC de 20 a 30 minutos, o tempo de cozimento vai depender do tamanho das bolinhas que você fizer.
Pronto! Agora é só comer.
OBS: Você pode congelar a massa já enrolada, e assar na hora em que for comer, assim você tem sempre pão de queijo quentinho. A durabilidade no congelador é de 3 meses. Pode colocar direto do congelador no forno pré-aquecido .
Bibliografia
1. Joelma Pereira, César F. Ciacco, Evódio R. Vilela, Rosemary G. F. A. Pereira, Função dos ingredientes na consistência da massa e nas características do pão de queijo, Ciên. Tecnol. Aliment. v.24 n.4 Campinas out./dez/ 2004.
Olá pessoal, hoje vou mostrar uma das minhas receitas favoritas, em casa pelo menos 1 vez por semana fazemos brigadeiro. Em todas as festas de aniversário de crianças ele está presente.
Confira o vídeo com a receita!
Popularmente a origem do brigadeiro esta relacionada a um fato ocorrido, em 1945. O brigadeiro Eduardo Gomes (1896-1981), da União Democrática Nacional, disputava a presidência do país com o marechal Eurico Gaspar Dutra (1883-1974), do partido Social-democrata. Eduardo Gomes era um homem alto e charmoso, e nunca se casou. O slogan de sua campanha era: "Vote no brigadeiro, que é bonito e é solteiro." As mulheres que o apoiavam resolveram criar uma receita para arrecadar fundos para a campanha. Misturaram leite condensado com chocolate em pó e criaram o "docinho do brigadeiro". Eduardo perdeu a eleição mas o docinho triunfou.
O chocolate é o ingrediente que mais altera o sabor do brigadeiro. No vídeo tem o detalhamento das principais etapas responsáveis pelo aroma e sabor do chocolate.
Receita do brigadeiro
Ingredientes:
1 caixa ou uma lata de leite condensado
4 colheres de sopa de cacau em pó (100% cacau)
1 colher de sopa de margarina
1 pacote de chocolate granulado
forminhas para brigadeiro
Eu utilizo 100% de cacau em pó, o sabor do brigadeiro fica muito mais gostoso. Mas se você não conseguir encontrar em sua cidade pode substituir pelo cacau 50%.
Modo de preparo:
Coloque em uma panela funda o leite condensado, a margarina e o chocolate em pó. Cozinhe em fogo baixo e mexa sem parar com uma colher de pau.
Cozinhe até que o brigadeiro comece a desgrudar da panela.
Deixe esfriar bem, então unte as mãos com margarina, faça as bolinhas, envolva-as em chocolate granulado e coloque nas forminhas.
Pronto! Agora você pode desfrutar desta delícia.
Muitas vezes acabo fazendo apenas o brigadeiro de colher, também fica muito bom e nem precisa enrolar. Assim, que desligar o fogo, é só deixar esfriar e já pode comer.
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Bibliografia:
1. Roberta Malta Saldanha, Histórias, lendas e curiosidades da gastronomia, Editora Senac Rio, Rio de Janeiro, 2011.
Vejam o vídeo com o detalhamento dos processo de fabricação do queijo.
Olá, minha história com os queijos se inicia na minha infância. Eu nasci em Uberaba - MG, quando eu tinha 4 anos meus pais (Pedro e Norma) se mudaram para São Carlos -SP para morarmos com o meu avô (Irineu) em um sítio. Meu pai além de trabalhar como mecânico de motos na cidade, cuidava de algumas vaquinhas leiteiras e parte deste leite minha mãe usava para preparar queijos.
Como minha mãe nasceu em Araxá - MG, meus pais gostavam muito de nos levar nas férias escolares na casa do meu tio Zé (irmão da minha mãe), casado com minha tia Sônia e pai do Thiago e da Marina e também para visitar meu avô Zé (o vô Pinguim), pai da minha mãe. Nos divertíamos muito no sítio deles, e eles também produziam queijos, que na época comercializavam na cidade. Sempre retornávamos para São Carlos repleto de queijos, doces e biscoitos.
Eu era uma criança bem chata para comer, não gostava de tomar leite, mas comia muitos dos derivados do leite: iogurte, requeijão e principalmente queijos.
Devido a esta relação de longa data com os queijos, escolhi este tema para pesquisar e descobrir mais sobre o processo atual de fabricação. Meus pais usavam o leite cru na fabricação do queijo, hoje sabemos que devido ao risco de contaminação por bactérias patogênicas o leite deve ser Pasteurizado.
O Leite o queijo foram registrados na história antiga pela civilização Suméria, passando pelos Babilônicos, Hebreus, Egípcios, Gregos e Romanos. Os gregos foram os primeiros a adotá-los em seus cardápios, feitos exclusivamente de leite de cabras e ovelhas. Os romanos foram os responsáveis pela maior divulgação dos queijos, transformando-o de simples alimento a uma iguaria indispensável nas refeições dos nobres. Os romanos apreciavam o queijo, do qual fabricavam inúmeras variedades e utilizavam na alimentação dos soldados e atletas.
Na idade média, a fabricação de queijos finos ficou restrita aos mosteiros católicos, com novas receitas desenvolvidas pelos seus monges. Com o advento das feiras e mercados nos séculos XIV e XV, algumas queijarias de se desenvolveram e passaram a ser mais visitadas. Mas foi apenas no século XIX, que a produção de queiijo artesanal passou a ordem industrial principalmente pela descoberta da Pasteurização.
No Brasil, o queijo chegou no século 18, na região do Serro, Minas Gerais, quando portugueses tentaram obter um alimento igual ao tipo Serra, comum em Portugal, só que, ao invés de leite de ovelhas, utilizaram leite de vaca, nascendo assim o Queijo Minas.
A produção do queijo é basicamente um processo de concentração do leite no qual parte dos componentes sólidos, principalmente proteína e gordura, são concentrados na coalhada enquanto as proteínas do soro, lactose e sólidos solúveis, são removidos no soro. O soro retém cerca de 55% dos nutrientes do leite. Aproximadamente de 85 a 90% do volume de leite utilizado na fabricação de queijo resulta em soro, que contém grande parte dos sólidos representados por proteínas, sais minerais, vitaminas e principalmente lactose.
Os processos de fabricação atuais envolvem: pasteurização, coagulação, corte e mexedura, acidificação, dessoragem, salga e maturação.
A coagulação enzimática do leite envolve a modificação da caseína (proteína do leite) provocada pelas enzimas do coalho ou de coagulantes (quimosina e/ou pepsina), seguida pela agregação, induzida pelo cálcio.
No vídeo vocês encontram o detalhamento completo das etapas e processos envolvidos.
A maturação é um etapa importante, em que o queijo é mantido sob determinadas condições de temperatura e umidade relativa controladas, quando ocorrem numerosas modificações microbiológicas, bioquímicas, físicas e químicas. O objetivo da maturação é desenvolver um queijo com sabor, aroma e textura diferentes.
Bibliografia:
1) Júlio César Jacinto de Paula, Antônio Fernandes de Carvalho, Mauro Mansur Furtado, Princípios básicos de fabricação de queijo: do histórico à salga, Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", Mar/Jun, nº 367/368, 64: 19-25, 2009.
2) www.emater.mg.gov.br acessado em julho de 2015.
3) http://www.queijosnobrasil.com.br/historia-dos-queijos.html acessado em julho de 2015.
4) Fernando Teixeira Silva, Queijo minas frescal, Embrapa, Brasília-DF, 2005.
Veja o vídeo e descubra um pouco mais sobre a história do chá e suas propriedades químicas.
A Camellia sinensis é uma planta que apresenta em sua composição polifenois, alcaloides, minerais, o que confere uma variedade de sabores e aromas dependendo das condições de cultivo, coleta, preparo e acondicionamento das folhas. A cafeína que pertence a classe dos alcaloides é considerada um estimulante da atividade cardiovascular e da circulação sanguínea, possui efeito sobre a função mental e comportamental, produz excitação, euforia, redução da sensação de fadiga, aumento da atividade motora, além de poder afetar a qualidade do sono.
A concentração de cafeína no chá depende da espécie das folhas de chá, do local de cultivo, das granulações da amostra e no geral uma xícara de café contém aproximadamente 25% de cafeína enquanto o chá até 6%.
O chá Camellia sinesis tem 4 principais tipos: branco, verde, oolong e preto. O que os diferencia é a modalidade de processamento. Sendo assim, o grau de oxidação é o que determina o tipo de chá que será obtido. No vídeo tem o detalhamento dos processos de obtenção de cada tipo de chá.
O sabor amargo e adstringente dos chás verde e preto é devido a alta quantidade de catequinas, 30% do peso seco das folhas, e a coloração escura dos chás oolong (vermelho) e preto devem-se a grande quantidade de teaflavina.
Existem diversas pesquisas que estudam as propriedades medicinais dos chás, confira a seguir alguns dos benefícios:
Tipo
de chá
Benefícios
à saúde
Chá branco
-
antioxidante;
-
reduz a incidência de doenças crônicas como disfunções cardiovasculares e câncer;
-
antiobesidade.
Chá verde
-
reduz a incidência de doenças crônicas como disfunções cardiovasculares e
câncer;
-
antioxidante;
-
antialérgico;
-
antibacteriana.
Cha oolong
-
antioxidante;
-
antimutagênico;
-
antibacteriana.
Chá preto
-
anticarcinogênico;
-
antimutagênico;
-
reduz a incidência de doenças crônicas como disfunções cardiovasculares e câncer;
-
antioxidante;
-
melhoria da função vasomotora;
-
redução de peso e circunferência da cintura;
-
diminuição no colesterol total e lipoproteínas de baixa densidade.
Tabela:
Retirada do artigo A química dos chás.
E aí ficou com vontade de tomar um chá? Segue uma receita de chá verde.
Receita de chá verde:
1g de folhas para 100mL de água, deixando em infusão por 3 minutos em água quente (não fervente), quando começar a aparecer as primeiras bolhas desliga o fogo e acrescenta as folhas de chá. Esta bebida tem de 33 a 35 mg/100 mL de catequina e 6 mg/mL de cafeína.
Se quiser um chá branco, oolong ou preto é só substituir as folhas. Importante saber que os benefícios associados a estes chás estão dependem da qualidade dos chás. Evite aqueles chás de saquinhos, pois eles podem conter conservantes que podem alterar as propriedades.
Bibliografia:
1) Mara Elisa Fortes Braibante, Denise da Silva, Hugo T. Schmitz Braibante e Maurícius Selvero Pazinato, A química dos chás. Quím. nova esc., Vol. 36, N° 3, p. 168-175, AGOSTO 2014, São Paulo-SP, BR.
2) Rafaela Macedo Mendes de Oliveira, Chá verde na prevenção das doenças cardiovasculares. Com. Ciências Saúde. 2009;20(4):325-332.
3) Roberta Malta Saldanha, Histórias, lendas e curiosidades da gastronomia, 2011.
4) Raquel Diegues Guimarães, Ação antioxidante in vitro e in vivo da Camellia sinensis nas formas de chá verde, chá preto e chá branco, Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Lavras-MG, Lavras-MG, 2011.
Oi pessoal hoje vou falar um pouco sobre uma especiaria que gosto muito. Um leite quente com chocolate e canela fica delicioso ou um chá de canela é muito bom também!
A canela cujo nome científico é Cinnamomum zeylanicum é uma especiaria obtida da parte interna da casca do tronco da caneleira, uma árvore da família Lauraceae, nativa do Sri Lanka, no sul da Ásia. Empregada desde a antiguidade, foi tão valorizada que era considerada um item a ser presenteado.
É mencionada na Bíblia e era usada no Egito antigo como bebida aromática, fármaco e agente de embalsamento.
No início do século XVI os comerciantes portugueses traziam diretamente do Ceilão (atual Sri Lana), foi tão usada na Europa que seu preço chegou a valer dez gramas de ouro. O comércio português no Oriente foi perdido progressivamente para a Companhia das Índias Orientais holandesa, que se apoderou da região. Posteriormente, foi aclimatada em outras regiões do mundo como na Indonésia e no Brasil, como uma tentativa portuguesa de rivalizar com o monopólio holandês.
Outra planta que fornece uma especiaria semelhante à canela é a cássia (Cinnamomum cassia) ou canela da China, que é de valor comercial inferior à canela do Ceilão.
Muito utilizada como condimento e aromatizante, na preparação de chás, doces e carnes.
Em quantidades excessivas irritam fortemente a mucosa e pode provar gastrites e até mesmo aborto. Há 23 constituintes identificados nas folhas da canela, cujo principal é o eugenol com uma porcentagem maior que 60% e nos galhos foram identificados 36 componentes destacando-se o cinamaldeído.
A seguir a composição de nutrientes da canela moída.
O eugenol tem propriedades antioxidantes, antimicrobiana, carminativa, antiespasmódica, antisséptica, anestésica e antipirética pode ser consumido até 1,5 mg/mL em alimentos.
O cinamaldeído ou aldeído cinâmico é o composto orgânico responsável pelo sabor e odor da canela, presente na casca.
O óleo de canela tem 90% de cinamaldeído é muito usado na fabricação de perfumes, cosméticos, aromatizante em produtos alimentícios, sorvetes, chicletes, doces e bebidas como café e chá. Além de também ser usado como fungicida e inseticida. O cinamaldeído possui propriedades antimicrobiana e anticancerígena.
E para finalizar uma receita de chá de canela.
Chá de canela Ingredientes
De 0,5 a 2 g de casca de canela
150 mL de água Modo de preparo
Coloque a canela e a água em uma panela e deixe ferver por 5 minutos. Desligue o fogo, tampe a panela e deixe 5 minutos descansando.
Depois é só beber.
Você pode acrescentar gengibre junto com a canela, fica um chá com um sabor mais intenso, mas muito gostoso também (coloque um pedaço de 3 a 4 cm de gengibre para ferver junto com a canela).
OBS: Gestantes não devem ingerir chá de canela, pois ele pode ser abortivo.
Bibliografia:
1.Renato César Duarte. Estudo dos compostos bioativos em especiarias (Syzygium aromaticum L, Cinnamomum zeylanicum Blume e Myristica fragans Houtt) processadas por radiação ionizante. Tese de doutorado. Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) Autarquia associada à Universidade de São Paulo. São Paulo, 2014.
2.Pasupuleti Visweswara Rao, Siew Hua Gan, Cinnamon: A Multifaceted Medicinal Plant, Hindawi Publishing Corporation, Evidence-Based Complementary and Alternative Medicina, Vol. 2014.
3.Selene M. de Morais, Eveline S. B. Cavalcanti, Sônia Maria O. Costa, Liza A. Aguiar, Ação antioxidante de chás e condimentos de grande consumo no Brasil, Revista Brasileira de Farmacologia, 19(1B): 315-320, Jan./Mar. 2009.
4.Das Manosi, Mandal Suvra, Mallick Budhimanta, Hazra Jayram, Ethnobotany, Phytochemical and Pharmacological Aspects of Cinnamomum zeylanicum Blume. International Research Journal of Pharmacy, 4(4), 2013.
Olá, sejam bem vindos ao meu cantinho. Meu nome é Kelly Galhardo, sou apaixonada por culinária e sou Bacharel e Mestre em Química. Gosto muito de testar receitas, temperos e também de conhecer a história por trás de cada prato.
Neste blog vou postar minhas experiências com ingredientes, receitas e um pouco de história também. A ideia é mostrar a vocês como a química está presente em nossa alimentação, além de discutir a respeito de nossa saúde.
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